sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Para me reencontrar...

Escrevo para me reencontrar dos constantes desencontros de mim mesmo, para extravasar, me expressar, me posicionar, me revelar mais do que se estivesse calado. Estranho para um mundo onde escamotear, fingir, se mostrar forte (sem sê-lo), auto-promoção são questões acima de quaisquer outras.

É muito bacana seguir os tais "caminhos do coração" que o falecido Gonzaguinha cantarolava...é bonito...quando a gente pisa firme no caminho do destino, dessas linhas que estão em nossas mãos...quando a gente sente que é muita gente onde quer que a gente vá...que nunca está sozinho nem quando pensamos estar ao relento...que a gente deixou um abraço amigo, de calor e sinceridade e é bem lembrado (e recebido) nos encontros que a vida nos possibilita.

Eu tô tentando me reencontrar, me centrar num mundo descentrado, me refazer um dia após o outro, me destacar daquelas pessoas que fazem sempre a mesma coisa, tudo igual, dia após dia...eu tô fazendo tudo ao mesmo tempo agora e assim que eu fico bem, vai entender...mesmo assim, vou tentando uma coisa de cada vez...vivo nesse paradoxo de vida, que me coloca mil coisas a fazer, uma capacidade imensa para tal e um tempo que passa segundo a segundo, minutos e horas circulando e recomeçando...

Queria um dia diferente, de 72 horas, não ia adiantar nada. Lembro de Einstein e da relatividade do tempo. Será que realmente existem as dimensões da realidade que a física quântica destaca? Se eu realmente acreditasse nisso, teria um alívio imediato, pois saberia que tudo que quero se realiza, mesmo que não seja percebido por mim nesta dimensão.

Por que ainda tem esse ranço materialista? Putz!

O melhor é colocar os fones e deixar rolar a música que vier, sem ordem, sem preferência, afinal no MP3 só rola as que preferimos...

Ontem revi uma grande amiga, tinha uns seis anos que a gente não se via pessoalmente, tá casada, com o namorado que cheguei a conhecer há 10 anos...parece feliz, leva uma vida simples, tem as angústia inerentes a existência do mundo atual. Lembramos das doideiras, de como passa, de como a gente se divertiu a beça, brincava sendo gente grande e de como a alegria é fundamental para que cada um de nós se sinta bem hoje em dia.

Por fim, o que mais gostei foi quando a gente se despediu, um abração e a constatação dela de que gostou a beça de passar aquelas três horinhas comigo, olhou bem no fundo dos meus olhos e disse que eu estava bem, bem melhor que há seis anos...fora o fato descartável dela ser psicóloga, isso foi maneiro a beça.

Parece que tem horas que precisamos que alguém nos diga o que nós já sabemos, vai entender como isso funciona...bom, é hora de ler, a história da antropologia, como eu gosto dessa vida que levo hoje, só hoje só, é o dia mais importante, é único e está acontecendo agora, bom dia!

Nenhum comentário: