terça-feira, 23 de dezembro de 2008

As coisas sempre mudam...

Fim de 2008: olho pra trás, muitas coisas mudaram, coisas que nem esperava aconteceram, eu mudei muito.

Mesmo acreditando que a mudança é inerente a quem vive em sociedade neste início de terceiro milênio e que esta mudança é um processo contínuo, cada vez mais rápido e imprevisível, que vai muito além do marco temporal de um ano, se eu fosse analisar minha vida através dos anos que os seres humanos estabeleceram, poderia certamente dizer que 2008 foi o melhor ano da minha vida.

Isso não significa que tudo saiu conforme planejei ou mesmo da forma que eu queria que fosse. Não acredito que isso possa acontecer, mas o desejo e a vontade devem estar presentes, como motivação, para que o que aconteceu possa ter acontecido na minha vida.

No final de 2007, fiz uma lista (é isso: coloquei no papel...) de gratidões e de metas. Enterrei-as na gaveta (até a gaveta mudou neste ano...). Chegou a época de abrí-las. Abri. Resolvi escrever aqui algo sobre as metas e quem sabe sobre as gratidões, neste dia em que estou às voltas de preparar um almoço pra mãe, irmã e namorada que chegam, enquanto meu pai se diverte trabalhando (diz ele que vai trabalhar amanhã também...deve lhe fazer bem de alguma forma isso e devo respeitar, como bom filho que, atualmente, sou...).

Vamos as tais metas...para minha surpresa, a avaliação é positiva. Digo "para minha surpresa", pois, particularmente, não preciso muito de críticos e julgadores, tendo em vista que já me sou severo demais.

Eram 12 pontos principais que eu enxergava para 2008...alguns não foram tão importantes, outros foram-me mais do que esperava...vou comentar em geral, misturando as gratidões no meio das metas...certo que vão sobrar gratidões ao fim das metas que deverão ser feitas...

O primeiro certamente foi cumprido: Maria Cândida, "a" namorada, estava nas metas e também nas gratidões, e permanecerá nestas novas listas. Essa menina é tudo de bom! Companheira, atenciosa, linda demais (isso também é importante), mais nova (para mim que se envolvia com facilidade com mulheres mais velhas que eu... antes que você protestem, nada contra, apenas, da minha perspectiva uma novidade bacana a beça...), inteligente, consegue me ajudar a beça (e espero que a recíproca seja a mesma...). Essa pessoa me ensina demais (e como é difícil ensinar a alguém que acha que sabe demais, como é o caso deste prepotente ser humano que escreve essas linhas...). Enfim, manter uma relação saudável, conseguir intimidade, não brigar (a toa ou sério... coisa inédita, isso mudou, como que as pessoas mudam!). Vejo que nossa relação teve um salto, amadureceu, pode florescer frutos futuros mais intensos e juntos... futuro... futuro... mudanças e imprevisibilidades... pra que planejar tanto?

Me mantive tentando praticar serenidade, aceitação e sabedoria na companhia de pessoas para mim muito especiais e não cabe ficar dando muitos detalhes de pessoas que são especiais para mim, pessoas que somente eu sei o quanto me importo e quanto curto estar com vocês a cada dia que passa, um dia de cada vez, só por hoje... tudo bem que é difícil a beça pra mim esse viver um dia de cada vez, esse passo a passo, mas vou tentando, vou voltando e assim vou seguindo...

Tinha colocado como meta focar meus estudos no mestrado que iniciei. Isso acontecer, muitas vezes de forma obstinada, até obssessivo-compulsiva, mas aconteceu e foi bom demais para mim. Priorizei isso e como fui feliz neste ano graças a esse sonho de vida que está se realizando, dentro das etapas necessárias... No CPDA / UFRRJ conheci pessoas brilhantes, maravilhosas, humanas, uma ou outra discordância, mas mesmo assim, tentando manter a harmonia, o bom humor, boas amizades surgiram, respeito mútuo por vários colegas de caminhada. Me martirizo de não ter aproveitado tanto a companhia dos meus colegas, devido aos meus compromissos assumidos com uma campanha política no primeiro semestre (o que me deu experiência em stress e uma satisfação muito considerável também...). Sou muito grato aos colegas que entraram comigo, sem distinção, aos professores que muito me ensinaram, aos funcionários sempre atenciosos, as pessoas que passavam por lá. Sou grato especialmente à minha orientadora (que já tinha sido objeto de postagem anterior, mas que nunca é demais mencionar, até em postagens) que me possibilitou liberdade com disciplina, criatividade com ordem, e um pouco do significado do que pode ser amizade, respeito e consideração. Certamente, sem o apoio de Fátima seria muito diferente. Essa experiência me mudou demais neste 2008.

Parei de fumar, no dia 23/12/2007, por volta de 22:00 fumei meu último cigarro, se não me engano era um Free. Me free dos cigarros foi ótimo, sinalizou uma mudança importante, é o maior período que fico sem fumar... espero que seja para sempre, mas sabendo que é um dia de cada vez apenas... essa importante mudança me possibilitou mais saúde, me relacionar melhor com as pessoas que não fazem uso do cigarro, sendo que não me incomodo tanto com os fumantes, tento não ser um ex-fumante chato, apenas tento...Essa parada me mostrou que é possível, quando coloco propósitos, e isso não teve nada a ver com religião, ou qualquer outro tipo de ajuda externa, apenas uma constatação de que estava me sentindo mal com este meu hábito...me fez bem conseguir manter...

Uma coisa que não consegui manter foi caminhar (ou correr) diariamente...apesar de ter recorrido às caminhadas, vira e mexe, não consegui manter um ritmo que me possibilitaria talvez cumprir uma outra meta que estava relacionada: de perder 10 kg em 2008... consegui perder 7 kg. Quem sabe os 3 kg restantes não estavam relacionados às caminhadas? Correr é demais, mas ainda não me sinto preparado...

Consegui uma bolsa da CAPES para cursar o mestrado, isso me deu a tranquilidade necessária. Mas, no final de 2007, minha preocupação era cobrir o custo com viagens e estadia no Rio e Niterói. Consegui arrumar grana e stress, satisfação e gratidão ao aceitar o convite para atuar numa campanha que tinha um sentido positivo para mim, enquanto cidadão de Nova Friburgo. Infelizmente, o projeto não vingou, nosso candidato não foi eleito, mas foi uma fase de muitas descobertas, de amizades que se solidificaram, outras que surgiram, algumas que se machucaram, enfim, o que acontece quando as emoções e paixões encontram-se à flor da pele: a política. Quando se intensificou o processo, meu papel já tinha sido bem desempenhado, meus custos estevam cobertos e não me sentia mais tão bem, nem útil e o melhor foi uma retirada ainda no curso da campanha.

Algo que passou distante, que um dia consigo alcançar, foi serenidade, em especial com minha mãe, mas espero melhorar, nisso mudei muito pouco...infelizmente.

Também em uma meta que me coloquei nada foi feito: de gastar somente o necessário. Esse foi um ano de gasto e consumo. Afinal, meu tema é consumo, tive que experimentar...rs... Brincadeiras a parte, não foi nenhum consumo conspícuo, mas aproveitei bastante, também me diverti, me auto-presenteei a beça, me equipei, me possibilitei prazeres em boas companhias, gostei de ter gastado, de ter consumido, mas consegui manter, pelo segundo ano consecutivo, uma reserva, que não chega a ser lá muito prudente, mas é uma reserva.

Minha gratidão se volta, com boa parte das metas cumpridas, para pessoas que me foram importantes nas várias áreas de minha vida e que não foram relacionadas acima. De várias possibilidades de citação, vou preferir a que não responde a nenhuma ordem específica, mas à ordem em que aparecem em minha mente e que me perdoem os esquecidos.

Antes de todos, meus pais, com suas limitações, mas com sua boa-vontade e amor incondicionais que me ensinam sempre a cada dia, mês e ano que passam. Maria Cândida, minha lindinha, que está sempre ao meu lado. Minha irmã, que conseguimos passar um ano dividindo um apê sem quase nos encontrarmos.

Modesto, Tião, Olney, Thiago, Nani, Elaine, Beth, Júlia, Juju, Lúcia, Dani, Glorinha, Jorge, João, Aura, João, Manu, Bernard, Zé, Fernanda, Sheila, Christian, Fafá, Martha, Henrique, Paula, Léo, Botto, Rodrigos (Carvalho, Machado), Flávio, Duda, Maria Luíza, Ignacio, Myrian, Verônica, Hector, Leonilde, Renato, Angye, Carla, Cátia, Paulo, Deivison, Thiago, Robson, Herman, Daniela, Débora, Alejandra, tem muita gente mais, certamente não lembro de todos, mas vou indo...o almoço espera...

Um feliz natal...feliz ano novo, afinal não sei se volto aqui, mas como tudo é possível...

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Mensagem de fim de ano

Vejo que minha vida é um momento, que começa com meu nascer, passa pelo presente e tende a continuar pelo futuro.

Foi mais ou menos nisso em que fiquei pensando ao escrever essa mensagem nesta época, fim do ano de 2008.

Uma mensagem para as pessoas que me marcaram neste momento, que, espero, me confirme a tendência de continuidade. Sei que isso não depende somente de mim... somos vários momentos que em uma determinada hora vão se encerrar.

Papo filosófico, mas é época de refletir, de avaliar o ano e a vida.

Perceber-me em outras pessoas, cultivar a solidariedade e a reciprocidade (tão esquecidas, mas ainda vivas...).

Não esqueço das pessoas com as quais me estressei, briguei, senti raiva, inclusive aquelas com quem me ressinto até então e as que há muito não vejo ou encontro. Minha esperança é que a gente se desestresse, refaça amizade, em paz, sem ressentimentos. Isso pode ser um aceno...

Em grande parte vocês muito me ensinaram que não estou sempre certo (e quem está?), que a diferença enriquece a experiência da vida. Não estranhem ao receber esta mensagem.

Lembro, principalmente, das pessoas que estão juntas a mim, próximas, que demonstram gostar (no verbo e na prática).

São vocês que alimentam essa tendência de continuidade do meu momento. Sem vocês meu momento certamente já seria passado. Esperança, motivação, força, crença... vocês me fazem mais eu a cada dia.

Envio esta mensagem também para aquelas pessoas com quem pouco convivi, mas que muito me ensinaram, pois foram fundamentais para que a novidade se acomodasse em meus hábitos.

Coloco também, como destino, as pessoas que muito gostaria de ver e encontrar, mas que o tempo (para mim ou para elas) não permitiu (um dia certamente nos permitiremos, pois não há "tempo" que possa impedir o carinho e o afeto...).

Enfim, para todos vocês que estão recebendo esta mensagem, desejo um fim de ano de muita alegria, feliz Natal (para os que nele acreditam...), um 2009 de muita coragem para enfrentar os desafios, serenidade e aceitação (quando necessária)!

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Esse um dia de cada vez...deu nesse ano

O ano já acabou para muitas pessoas, mas para quem tenta viver um dia de cada vez o que importa não é o ano, mas o dia que se inicia...

Depois de muio tempo, arrumei tempo (porque tempo quase sempre temos, mas não arrumamos...) para postar essa mensagem pela manhã. Faz algum tempo, nem me lembro mais.

Tô ouvindo Raul (Seixas), falecido, louco, gênio, cortante, direto, foi-se embora, aproveitou seus dias e deixou pérolas. Tenho tido mais interesse pelos "lados B" dele e de muitos outros mais. Talvez isso se deva ao fato de escutar certas músicas até enjoar delas quando as ouço de novo. Se bem que, em determinados casos (como do Raul...) é impossível não gostar do que já se tornou clássico, do que já se sabe de cor...

Descobri que o mestrado não tem férias, mas devo dar uma "pisada no freio" neste fim de ano, até para poder refletir melhor... em tudo: na vida, no que faço, como faço, no jeito que encaro as pessoas.

Sou adepto de que o "bom é inimigo do melhor". Dentro dos limites do que seja o "melhor", ainda tem bastante coisa a melhorar. Hoje menos, cada dia menos, um dia de cada vez, minha aceitação do que está a minha volta vem se desenvovendo, até porque na maioria das vezes o problema é meu, está dentro da minha cabeça doida.

Fim de ano: apenas leituras (leves ou não....afinal não se deve radicalizar em nada, nem mesmo no descansar...), reciprocidade com os que gosto, que amo. E, tá bom, reflexão, é o momento disso.

Esse foi um ano e tanto, vivi cada dia intensamente, foram raros aqueles dias em que não tivesse um ponto onde quisesse empreender realizações. Produzi, li muito (mas muito MESMO...), conheci gente legal em uma frequência e intensidade muito maior que gente que eu acho chata (o que não significa que elas, de fato, sejam...).

Tive decepções e momentos em que achei que fosse explodir (como no fim do primeiro semestre, também em agosto, uma parte do mês) em que atuei numa campanha política. Foi uma experiência inigualável, mas muito estressante, não só pela derrota que ninguém esperava, mas pela vivência dos bastidores...enfim, passou, fiquei deprê um dia (mas para quem vive um dia de cada vez, esse dia foi horrível, mas me ensinou e me fez agir: saí da campanha...).

Esse 2008 consolidou uma das relações mais saudáveis de namoro que já pude participar. Respeito, carinho, vontade de estar junto, tudo de bom junto é essa menina Maria que pintou Cândida na minha vida. Que figura legal! Foi bacana passarmos este ano todo juntos, apaixonados. Melhor de tudo é não brigarmos, o que pra mim ainda é quase que incompreensível, mas é essa figura que me ensina, a cada dia que nos encontramos e nos amamos mais ou apenas nos amando um dia de cada vez da forma (diferente) que cada dia se apresenta.

Uma outra pessoa que tenho muita gratidão é Fafá, apelido da minha orientadora-amiga (como disse minha irmã querida...) que consegue me criticar rindo, mas que o faz com rigor que preciso. Foi um momento de agregar mais essa referência na minha vida. Curto demais os momentos em que estamos juntos, discutindo os textos, falando da vida, coisas tão bobas.

Não posso esquecer de meus pais que quase não vejo apesar de morar com eles em Nova Friburgo... coisas de tempos mais que modernos, onde os pais trabalham mais que os filhos, mesmo sem precisar... apenas para manter a atividade, sanidade, prazer em estar se sentindo produtivos... esses meus "véios" são demais, apesar de sermos muito diferentes, pouco compatíveis, foi um ano em que prevaleceu o respeito mútuo.

Enfim, começa aquela fase do ano que as análises, os julgamentos, as retrospectivas começam a serem proliferadas. Pode ser o início da minha, ou pelo menos os principais capítulos...

Ah! Bom dia!

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Segunda: caiu o Vasco...e daí?

Ontem meu time foi rebaixado, sequer conseguiu fazer a parte dele: de obter uma vitória sobre o Vitória...e mesmo que esse resultado acontecesse, o destino do Vasco seria a Série B do Campeonato Brasileiro (salve alguma cartolagem que seria bizarra, até pra mim, vascaíno).

Faz muito tempo que meu interesse por futebol diminuiu ou mudou (aliás, fazia tempo que não postava nada por aqui, coisas desse tempo atual, ou da ausência dele, arg, por conta disso também não me estenderei o quanto gostaria). Acho que a última vez que fui ao Maraca foi em 2001, logo, lá se vão oito anos que o Vasco vencia o Flamengo por 3 x 1, com dois gols de Souza (esse mesmo que defendia o rubro-negro até bem pouco tempo) e outro não me lembro mais...

Acabo acompanhando o futebol mais pela internet que pela TV, procuro saber mais dos resultados e da classificação do que do esporte, do jogo em si...isso mudou bastante.

Enfim, o Vasco caiu muito tempo antes de ontem...seu último título em 2003 denota uma distância das possibilidades, times medíocres apenas para constar nos campeonatos, uma hora acontece... foi assim com Palmeiras, Botafogo, Fluminense, Grêmio, Atlético-MG, Corínthians, grandes clubes que experimentaram o rebaixamento e se refizeram, deram a volta por cima, voltaram, subiram depois de um ano no purgatório...

Espero apenas que esse momento sirva de arrumação da casa para o atual presidente do clube, o ex-jogador e ídolo, Roberto Dinamite. Pode ser um ótimo momento de arrumar a casa...

Aliás, faz tempo que não curto o futebol das transações milionárias... meu interesse parece ter baixado com o aumentos das cifras de comercialização de atletas para o exterior...o futebol brasileiro é um produto de exportação nacional, orgulho do país, uma área em que somos os melhores do mundo, isso acho legal, bom, sem hipocrisia....só que meu interesse diminuiu apesar disso tudo... audiência para valorizar os outros, mesmo que saídos da miséria em sua maioria? (talvez era essa pergunta egoísta que me angustiava...ou seria a falta de tempo, atribulações cotiadianas, escolhas de diversão dominical...não tenho mais saco pra TV).

É segunda, Vasco na segunda, eu na segunda, cheio de coisas a fazer, das mais variadas.... mas não deixei minha caminhada de lado, fui lá, peguei um sereno friburguense, coloquei a cabeça em ordem, afinal é segunda, nova semana, tem presentes a serem adquiridos para o Natal (verificar quem merece...afinal orçamento restrito é fogo!), ler, ler e ler, pagar algumas contas, entregar filme na locadora, segunda, bem-vindos.