quinta-feira, 23 de abril de 2009

Etapas da vida de um "blogueiro" atolado...

Pode ser atolado um blogueiro? Se eu fosse um blogueiro seria atolado.
Mas sou? Se ser blogueiro é possuir um blog, sim. Mas se for alimentá-lo de forma constante seguindo um determinado padrão de postagens curtas e constantes, não. Vou me rotular como se fosse um.

A vida em etapas, etapas que me demandam uma extrema dedicação para caminhar em seu trajeto chamado vida.

A última delas foi construir meu projeto de dissertação de mestrado (o projeto, não a dissertação, se bem que mais parece uma dissertação do que um projeto). Desde o início de março, só pensei nisso... de deu tudo certo! Que bom! Graças a ajuda de minha orientadora, minha namorada e uma certa tolerância ao meu distanciamento por parte de meus queridos pais.

Agora, pude até postar!

A partir de agora, continuar. A vida só pára quando se morre para ela... importante, hoje, para mim, é continuar, mesmo que as vezes (e são muitas essas vezes em minha vida) não saiba qual será o próximo passo. Mesmo assim, não deixamos de continuar, nem mesmo ao procurar refletir sobre o que estará por vir ou por fazer.

Então vamos seguindo, vamos que vamos!

quinta-feira, 16 de abril de 2009

E caiu a liminar... uma reciclagem...

Tenho andado sem tempo para mim, digo isso como reflexo da baixa freqüência de postagens. Mas não poderia deixar de dar seqüência à questão das passagens de ônibus em Nova Friburgo. Afinal, depender de uma liminar não é vitória para ninguém: a passagem volta a R$ 2,50 a partir de hoje.
O pior é que o que escrevi na segunda postagem abaixo desta se concretiza... infelizmente, considerando que não tenho a mínima vocação para profeta.

Deixo claro o quanto acredito que a panacéia esquerdista oportunista, ao tentar apenas tirar proveito político da situação, acabou por desmobilizar mais do que se buscasse construir um modelo de regulação neste período em que a tarifa baixou, o que seria a meu ver, uma possibilidade concreta de um diálogo permanente sobre a questão.

Mas, tudo bem, quem foi que disse que a "esquerda" atual vai mudar (para melhor) qualquer coisa (pelo menos em Nova Friburgo)?

Sem planilha, sem qualquer discussão pública da questão, envolvendo os segmentos mais amplos da sociedade civil, o governo, os vereadores e a empresa, passa a ser leviana qualquer colocação sobre qual o valor de uma tarifa justa, já que algumas pessoas acham que poderia ser R$ 2,25. Vão continuar achando...

Falar de "pena" dos funcionários da empresa me parece ser tão moralista e passa uma demonstração de superioridade, que em nada me remete a palavra solidariedade.

Acredito que podemos ser solidários com estes funcionários, por exemplo, se incentivássemos que eles se organizassem enquanto um grupo de trabalhadores para pressionar seus patrões, mas não como um bando de pessoas que só querem saber de ter seu salário aumentado sem ter que lutar por isso, dependendo de um decreto arbitrário e se comportando como vítimas (coitadinhos....).

Eu não sinto pena, sou solidário com a organização dos trabalhadores!

Talvez porque uso o serviço de transporte coletivos diariamente, converso com os motoristas e trocadores e percebo o quanto eles acham que deve-se aumentar a tarifa para que o salário deles aumente também.

Entretanto, eles não estão nem aí para se organizarem e lutarem por suas condições de trabalho.

Aliás, para terminar, também não sinto pena dos grupos políticos e sindicais que estão atualmente alijados do poder local, pois demonstraram qualquer sensibilidade para se organizar em torno da necessidade de um diálogo sobre a regulação deste e de outros serviços, o que a meu ver lhes garantiria uma exposição até mais interessante que o sopro de protesto que me remeteu a um distante final do século XIX e caiu no esquecimento...

Mas é isso, faz parte... vivendo e aprendendo a jogar... já cantava Elis...

domingo, 5 de abril de 2009

Enquanto isso acontece em certas regiões...

Silenciar em meu canto num êxtase, esse coro, essa voz interior que me ri do que está fora, afinal quando estou bem o exterior não me afeta. Mas o que é estar bem? Bem... Isso é a parte difícil da estória, esses tais sentimentos que me levam a falar que estou bem.

Situação muito particular me deixa bem, logo não acredito na universalidade ou em um bem-estar social. As evidências da falácia estão a toda mostra, desde o fim da década de 1960, caem os castelos do Estado de bem-estar social, situação artificial criada nos EUA no pós-crise e expandida pelo mundo "desenvolvido" de forma democrática (leia-se Europa) e pelo mundo "subdesenvolvido" (resto do mundo) de forma autoritária (política ou economicamente). Na mesma época surge o conceito de pobreza, hoje banal e desentendido.

Então, me deixa bem a produção intelectual, seu consumo também. Poder escrever sobre este mundo que me cerca, me influencia, mas não me domina (ao menos por completo, pois ser livre não deixa de ser uma ilusão ou uma dialética constante com o escravo que existe em cada um de nós)... isso me deixa bem, hoje, mas só hoje, nada mais que hoje, domingo, quinze para as sete...

Mais um dia se inicia, mais pensamentos que brotam em uma mente inquieta de saber e desconhecer, mais uma postagem a alimentar este espaço desnutrido... prosa com desejo de poesia, esta que se termina.

Fui!