quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Passado, presente, futuro: ordem e desordem em uma mente inquieta

Devo confessar que tenho muito medo de ficar mais chato do que já sou ou do que sinto ser. Paranóia de um intelectual acadêmico em formação. Se tem uma coisa que a ciência nos traz, além de conhecimento, é uma enorme impotência frente ao nada que somos frente ao que tudo possível, aquela sensação de que nada está bom e que tudo poderia ser melhor.

Evidentemente, como quase tudo na vida, as exceções se apresentam e tem muita gente boa que poderia ser muito boa ou melhor (mesmo sem saber como imputar estas gradações vou dando corda à minha capacidade julgadora...) e anda com o nariz levantado cheirando a merda do mundo, ou seja, todos os outros, encarados como míseros mortais.

Isso, definitivamente, eu não quero fazer nem ser assim, apesar de ser minha real tendência e, por isso, eu identifico as pessoas que têm esse padrão. E este identificar ajuda a me vigiar um pouquinho a cada dia e tentar uma mudança.

A mudança não tem hora para começar e só é possível, individualmente, em mim. Quero dizer que não consigo mudar ninguém nem nada no mundo se não mudar algo em mim. Venho notando que é assim que funciona em um mundo interligado, conectado, em todos os sentidos.

Estou aqui a tentar escrever algo sobre memória, aproveitar o breve período de dois anos que passei estudando este tema nas ciências sociais. Como foi legal a convivência com minha orientadora na época, Myrian Sepúlveda, professora da gradução em Ciências Sociais. Foi certamente uma relação que transcendeu a academia, adentrou a amizade e hoje se encontra na memória, este labirinto cerebral que dificilmente perde alguma coisa que guarda, e guarda tudo.

Lembro-me que existem pelo menos três perspectivas de memória. Apresento-as de forma resumida.

A primeira diz que a memória é seletiva e se ativa com a vivência do presente.

A segunda diz que a memória permite explorar um futuro a partir das experiências passadas nos momentos presentes que se vivem.

A terceira diz que a memória pode ser desprezada (ou apagada?), pois de nada serve além de ser uma prisão, e que o futuro é uma página em branco.

Com o tempo, faz uns quatro anos que não me volto para essas vertentes teóricas, venho aprendendo que estas três correntes se alternam e convivem em cada um de nós, dependendo das situações em que nos encontramos, que vivenciamos ou pretendemos viver. Pelo menos sinto que estas três possibilidades acontecem na minha vida.

Esta ordem-desordem me leva a infinitos caminhos, onde convivem dor e amor, carinho e desapego, infinitos binômios racionalistas que somente mostram minhas limitações e possibilidades de ação com a carga de memória que carrego dentro de mim.

E assim segue a vida, carnaval passou, virou memória...

Costuma-se dizer que agora começa o ano, e olha que deve ser um ano longo, sem Copa do Mundo, sem Olimpíadas, sem eleições.

Meu Brasil brasileiro! Para mim, começou dia 6/1 e deve durar até o final do calendário...

Hoje deve ser assim, e só vale mesmo o dia de hoje, sempre, por ser este que existe realmente.

Amanhã tudo pode mudar.

Que venha mais um ano para a galeria dos quadros da memória de cada um de nós!

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Momento momesco?

Chega hoje ao fim este carnaval, neste ano, todos os anos tem seu carnaval. Do alto de minhas memórias momescas de folião inveterado no Rio de Janeiro, me sobrou apenas um bloco Maluco Beleza na sexta, em Nova Friburgo. Nem mesmo no Abraço do Palhaço me dispus a ir.

Falta de disposição? Idade? Creio que não.

Simplesmente, optei, escolhi me dedicar nestes dias de festejos momescos a "dar um gás" em meu projeto de mestrado, e até Maria Cândida foi impactada por essa escolha, considerando que somente nos vimos sábado e domingo. É a vida...que eu escolhi, e escolhas trazem consigo uma responsabilidade, mesmo que, muitas vezes, eu queira fazer escolhas sem assumir responsabilidades.

Não foi de todo ruim.

Logo este cara que ia a todos os blocos que conseguia no início desta década na cidade maravilhosa do Rio. Começava na quinta com o Escravos da Mauá, na sexta tinha o Carmelitas, quando a disposição da curtição era demais vinha o Bola Preta, sempre antológico, seguido do Barbas no sábado. No domingo, a dúvida ficava entre o Simpatia é quase amor e o Cordão do Boitatá, sorte quando este saía pela manhã no Centro e dava tempo para curtir o outro em Ipanema. Segunda, tinha o Céu na Terra certo em Santa, um percurso e tanto pelas ladeiras, normalmente debaixo de chuva. Já bem cansado ainda encarava o repeteco do Carmelitas e encerrava muitas vezes apenas na quarta em algum bloco que se criava em cima da hora, tipo o Voltar pra que? em 2003.

Isso tudo ficou na minha memória, e de alguns que ainda hoje me lembram como foi legal, este quadro pintado que de vez em quando acessamos, damos um retoque e colocamos de volta. É inevitável que esse retoque aconteça a cada ano. O pique continua o mesmo, a vida mudou como muda para todo ser que cultiva esta tal inquietude, mas o carnaval continua maravilhoso e apaixonante mesmo sem minha presença.

Afinal, o mundo não gira ao redor de ninguém, muito menos de mim, né?

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Subpolíticas e virtualidade

Esta postagem versa sobre a ação política de protesto contra a morte de três cães ordenada por um secretário municipal em Nova Friburgo na última quarta (11/2). Mais interessante é o fato de que a ação política tenha sido debatida, divulgada e estimulada pelo Orkut, mais especificamente na comunidade Nova Friburgo (tópico "Prefeitura tá matando cachorro na cidade?!?!?!?!? - http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs.aspx?cmm=46658&tid=5301435763095638166).

Me dedico aqui a alguns tópicos referentes aos temas acima destacados, tentarei ser curto. Passo à margem da responsabilidade (tenho evitado achar culpados, mas acredito em responsabilidades...) do prefeito e do governo pelo ato de um secretário (apesar de acreditar ser uma questão importante, mas não irei abordar por conta da minha auto-imposta quarentena política local, vide postagem abaixo neste blog).

1. Um protesto contra a morte de cães, a princípio (considerando que não confio na emissora que originalmente veiculou a "matéria") no pátio da prefeitura de Nova Friburgo, aconteceu na manhã chuvosa ontem, sexta feira (13/2), em frente a sede do governo. Pelos relatos que ouvi, entre 100 e 200 pessoas estiveram presentes. Isso demonstra que não é distante se falar de uma politização do cotidiano, mesmo em uma cidade do interior do estado do Rio de Janeiro, no sudeste brasileiro, América Latina, planeta Terra.

2. A politização do cotidiano parece ser uma consequência do transbordamento da política em subpolíticas (da mesma forma que a defesa dos animais, posso relacionar, esquecendo alguma, claro, as questões de gênero, etnia, ecológica, sexualidade como subpolíticas evidentes no mundo atual). Existe uma postagem específica sobre este transbordamento logo abaixo neste blog. Essas subpolíticas são independentes das políticas existentes, mas as influenciam de forma que o fato do prefeito ter recebido uma comissão (que não era "oficial", no sentido de estar legalmente estabelecida, mas sim legitimamente criada em um espaço de três dias...) é um exemplo que pode traduzir isso neste caso.

3. Impressiona o fato do Orkut ter sido uma das esferas de divulgação, e, principalmente, mais ainda de debate acerca do tema, considerando que a tal emissora de TV pode ter sido a principal divulgadora da mobilização, mas impôs uma determinada versão e não debateu o tema. A chamada "virtualidade" cada vez mais perde este caráter que a define, este caráter virtual, ou seja, esta distinção entre o real e o virtual, cada dia mais se desfaz, se funde. Afinal, quem seria capaz de dizer que um sítio eletrônico (ou site, tento não ser xenófobo...) não é real no mundo em que vivemos hoje?

4. Desta forma, novas esferas e novas causas, que estou aqui chamando de subpolíticas (para maiores interessados, basta baixar o livro "Sociedade de Risco Global", de Ülrich Beck em http://www.4shared.com/), contribuem para uma ampliação do campo político, indo além dos parlamentos, governos,sindicatos e partidos políticos, sem eliminá-los, mas certamente transformando-os.

5. Interessante perceber como um padrão das democracias atuais é agir sobre as questões pelas quais a sociedade civil ou a esfera pública se mobilizam, gerando protestos e demandando posicionamentos políticos claros, sob a pena de perda de credibilidade, popularidade dos representantes das políticas tradicionais. Por outro lado, sempre que questões polêmicas não são absorvidas pela esfera pública ou sociedade civil, as mesmas adormecem no limbo da desatenção política, mesmo sendo tão graves ou prejudiciais a longo prazo (a carceragem da Vila Amélia pode ser um exemplo, aqui mesmo em Nova Friburgo).

6. Outro aspecto interessante é que alguns (poucos) membros da comunidade do Orkut desmereceram uma subpolítica emergente (no caso, a defesa dos animais) em função da valorização de uma questão politicamente estabelecida (no caso, a pobreza existente estruturalmente no Brasil). Isso denota um dirigismo arcaico, característico dos círculos marxistas, mas não exclusivo destes, pois também remete à tentativa moralista de acreditar que suas perspectivas individuais podem estar acima das vidas das outras pessoas, mais especificamente do que importa de fato para as pessoas em seu cotidiano, que nem sempre trata-se das questões macro.

7. Neste sentido, minha questão hoje é saber se as mobilizações e ações coletivas que surgirem destas subpolíticas, não podem começar a gerar um sentimento de que é possível mudar algumas realidades, a ponto de poder até superar o problema grave da desigualdade social tão destacado e conhecido, mas que ainda insiste em, pelo menos, permanecer na pauta social brasileira.

Quem pode responder hoje?

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Caminhando e cansando e seguindo a canção...

Meu cansaço só me traz mau humor no final do dia em que me cansei. No dia seguinte, acordo bem, ainda com resquícios cansados, mas ao olhar o novo dia, seja ensolarado ou chuvoso, as energias estão de volta. Meu cansaço, hoje, não me traz preocupação. Acordo com a certeza de que estarei novamente cansado ao final deste dia em que escrevo, e seria muita pretensão se fosse generalizar os dias nada rotineiros que venho vivenciando.

Tenho trabalhado bastante, tentando manter uma boa alimentação, caminhadas quando o cansaço do dia anterior não foi tanto ou quando não tenho algum compromisso agendado pela manhã. Esta semana só consegui caminhar na segunda, logo ando bastante atarefado e cansado, não sei muito bem em que ordem especificamente.

Também tenho conhecido pessoas muito bacanas, iluminadas, com uma aura legal, nesta pesquisa que venho realizado como parte do meu mestrado. Vou repetir sempre que é muito bom fazer o que se gosta, o que se propos, isso me gera satisfação.

Claro que os Rolling Stones estavam corretos quando gritavam cantando I can get no sattisfaction. Esta satisfação ninguém pode, e nem vai, ter: geral, inderminada, válida para todos de forma igual. Acredito que satisfação seja algo muito particular, muda de pessoa para pessoa. Quando sei que estou satisfeito? Hirschman, e concordo com ele, diz que só podemos nos dar por satisfeitos quando estamos mais que satisfeitos, quando vamos além do que nos satisfaz.

Mas estes encontros, estas pessoas com quem venho me encontrando mostram como a solidariedade ainda está presente, a percepção do outro, e, principalmente, como eu posso cultivar também isso em mim.

Evidente que existem exceções (e onde elas não existem?), mas são minoria, como, por exemplo, uma pessoa de mais proximidade que falou, meio que brincando, meio que sério, quanto iria receber por uma entrevista para esta pesquisa. Soltei uma gargalhada tão grande que ele pareceu um tanto sem graça. Mas isso rola, desse interesse de levar alguma vantagem, ou o que se chama de utilitarismo. Quando acontece, eu rio. E funciona.

Cansado, mas animado, cheio de vida para mais um dia neste mundo de desafios, obstáculos, recompensas, carinho e amor, tudo junto aqui e agora.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Para não perder o ritmo...

Antes que acabe a energia e fique na vontade, vou aproveitar alguns minutos que antecedem o clássico futebolístico Brasil X Itália para mais uma postagem. Assisti a poucos confrontos entre as duas seleções, um deles em 1989, em que o Brasil venceu a Itália com um gol de falta do zagueiro André Cruz, e a final da Copa de 1994, em que o Brasil se sagrou tetra campeão.

Vou lá me prostar em frente a TV, fazer um panelão de pipoca com suco de maracujá e ver o que vai acontecer. Hoje, assistindo ao Globo Esporte, um dos meus programas prediletos, soube que o Felipão foi demitido do seu emprego como treinador do Chelsea, da Inglaterra. Também soube que ele nem precisa mais trabalhar com a indenização que recebeu.

Não conheço o Felipão pessoalmente, mas acredito que ainda vai assumir o comando da seleção, antes da Copa de 2010...anotem!

No mais, torço pro Brasil, mas vamos encarar os atuais campeões do mundo, com 70% daquele time que foi campeão sem empolgar. Se o Dunga quiser mesmo ser o comandante brasileiro em 2010, melhor que trate de vencer, mesmo sem Kaká, com Ronaldinho Gaúcho mais gordo que eu e com Robinho abalado por acusações de estupro...

Fui...

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Acreditar para ver...pode?

Ultimamente, tenho repetido a expressão do título e vou dedicar mais esta postagem curta a ela. Normalmente, escuto o inverso "quero ver pra crer", logo procurei fazer diferente este ano, em tudo!

Acredito em mim e aceito o que conseguir como resultado, sendo agradável ou não para minhas expectativas. Geralmente, se minha expectativas são exageradas é decepção na certa.

Isso vale também para o governo municipal atual de Nova Friburgo. Me coloquei em quarentena de um ano, tô acreditando para ver (ou cobrar, criticar, comentar) a partir de 2010 se valeu a pena acreditar. Apesar de algumas discordâncias, prefiro guardá-las comigo. Essa postura já me descola da intolerância, o que, por si só, se faz uma boa. Além disto, na prática, meu foco está em concluir meu mestrado até fevereiro de 2010, logo, muita atenção para este projeto, mesmo que isso signifique menor presença (ou uma presença mais acelerada) nas ruas friburguesas, nos cafés friburgueses (aliás, inaugurou um mega na Monte Líbano), muitas entrevistas, muita presença nos pontos de venda de alimentos orgânicos, por aí...

Mas, fechando, esta postura de "acreditar pra ver" me deixa bem mais zen, tô gostando disso!

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Feliz

"Hoje acordei com vontade de mandar flores ao delegado". O queria dizer Zeca Baleiro com essa estrofe? Não sei, não posso saber, mas hoje acordei com uma sensação parecida, de uma paz sarcástica, ao ponto de querer dizer a quem não gosta de mim que eu não desgosto, pois dizer que gosto seria cínico ou hipócrita.

Acordei com uma vontade de me sentir bem danada, isso já um bom começo para concretizar esta vontade, ainda acho que o contexto não determina ninguém, mas influencia. Tenho lido demais, ontem li pouco, hoje também. Dei uma refrescada para retomar meus trabalhos de leitura, interpretação, reflexão, relação, ralação e escrita. Tô numa fase boa demais (sô, como complementam os mineiros), tenho conhecido muita gente bacana, uma diferente da outra, tenho gostado disso, sempre gostei disso.

Percebo que quando tenho objetivos, planos, vontades e desejos e consigo realizá-los, isso me gera satisfação, bem-estar. Só posso falar de mim, não posso generalizar isso como uma regra, pois tem gente que não tem objetivo, que se sente bem também desta forma...

Esse objetivo não precisa necessariamente ser utilitarista ou mesmo pragmático, pode ser algo que nunca encontrarei, mas que me serve como guia a iluminar meu caminho no mundo.

Enfim, um tanto místico, um tanto misterioso, acordei alegre hoje e isso eu considero bom!

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Morte ou transbordamento da política?

Estou a ler o livro Sociedade de risco global, do sociólogo alemão Ülrich Beck. Além de ser uma leitura interessante sobre a sociedade em que vivemos, também usarei na fundamentação teórica de meu projeto de mestrado.

Vou aqui, de forma desordenada, tentar abordar uma questão que este autor apresenta, que acaba por contestar a visão apocalíptica de uma certa crítica cultural, muito relacionada com o marxismo, que enxerga a morte da política ou um "beco sem saída". A contestação se dá através da observação de Beck acerca do que ele chama de "subpolítica", que consiste em uma espécie de transbordamento da política para esferas que até vinte, trinta anos atrás eram consideradas "à parte" do jogo político.

Neste sentido, a política no mundo atual invade o cotidiano, a família, a vida privada, a economia, as empresas, enfim, vai além da política institucional que pode ser observada nos parlamentos, sindicatos, entre outros. Logo, como falar em morte da política em um contexto como este?

Vou citar um exemplo claro que me veio à mente: a comunidade "Nova Friburgo" do Orkut. Grande parte de seus tópicos são referentes à questões políticas, tornando-se uma espécie de parlamento virtual onde a participação individual é livre e se faz de forma surpreendente para um prisma analítico que seja enviesado pelo pessimismo marxista.

Claro que Beck está vislumbrando um processo que está em seus primórdios, muito relacionado com os riscos e perigos que a radicalização da modernidade (ou seja, o sucesso da modernidade ao invés de sua crise ou dissolução...) oferece no que ele classifica como uma segunda modernidade na qual predomina globalização, individualização, revolução dos gêneros, subemprego e riscos globais como a crise ecológica e o colapso dos mercados financeiros globais.

Ah! Podem comentar...bom dia!

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Garotinho no PSDB / RJ?

Se ficasse só neste título já seria suficiente. Pode ser boato, mas recentemente o jornal friburguês deu uma notinha sobre a (quase certa) entrada de Anthony Garotinho no PSDB para ser candidato a governador.

Minha reação inicial foi de espanto, para se seguir um alívio, pela minha recente identificação com esta legenda partidária não ter se convertido em uma filiação. Aliás, nunca me filiei a qualquer partido, sem aversões, mas nunca me filiei. Como aceitar um ser como este, mesmo que tenha condições de disputar com chances as eleições para governador do ano que vem?

Esse alívio veio junto com a reflexão sobre como pensam os caciques do naipe de FHC, José Serra, entre outros tucanos caso permitam esta filiação.

Será que não percebem que o melhor, como diz um nobre colega advogado tucano friburguês, é apoiar Gabeira em 2010 e se livrar de Garotinhos?

domingo, 1 de fevereiro de 2009

De cara nova...

Quem visita este blog notou uma mudança no formato, quem me conhece sabe que estou mudando o tempo todo, isso vira obsessão às vezes, mas, quase sempre, são questões que vem de dentro. Tive quatro e-mails diferentes em 2008. Em 2009, resolvi voltar para o que começou 2008, vai entender...

Daí a vontade de mudar a carinha do blog, sei lá, tava me sentindo enclasurado no fundo azul escuro do formato anterior, daí me propus a gastar algum tempo com isso.

Outra coisa, este é um espaço para falar de mim. Vez em quando encontrarão alguma análise mais profunda sobre a sociedade, mais provável que de Nova Friburgo. Estou muito distante da atual crise badalada pela mídia, como não tenho lido muito jornal ou mesmo assistido ao noticiário, estou realmente bem por fora, a não ser quando ouço algum colega comentar e tal, mas eu mesmo, nada emito de opinião.

Aliás, que fique bem claro também o movimento que venho tentando fazer de limitar minhas opiniões midiáticas friburguesas aos assuntos que eu acredito que possa falar como sociólogo, o resto passa a ser opinião cidadã, não que não seja válida, mas não acho justo que coloque minha identificação como sociólogo. Por que isso?

Para não parecer que um sociólogo pode falar sobre tudo como se fosse um especialista em sociedade, um genérico. Sinto que isso aconteceu durante algum tempo comigo, entre 2006 e 2007, aqui em Nova Friburgo.

Apesar da maioria das entrevistas que concedi desta forma terem sido sobre assuntos como segurança pública e meio ambiente, algumas versavam sobre aspectos de cunho político-eleitoral, os quais não pretendo dominar, de forma alguma. Felizmente foram poucas e não ocorrem mais. Entretanto, já recusei falar sobre o Haloween e mais recentemente sobre um decreto de lei sobre responsabilidade na ordenação de despesa, ou seja, assuntos que não tenho condições de falar como sociólogo, principalmente porque as entrevistas normalmente são "para ontem", logo, nem uma pesquisinha no Google rola...

Atualmente, nem sobre segurança pública me proponho a falar enquanto sociólogo. E sobre o que me sinto a vontade de falar?

No momento, sobre consumo, meio ambiente, ação política, só! Não, isso tudo!

O objetivo não é me alongar...mas aumentar a freqüência! Até a próxima!