terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Momento momesco?

Chega hoje ao fim este carnaval, neste ano, todos os anos tem seu carnaval. Do alto de minhas memórias momescas de folião inveterado no Rio de Janeiro, me sobrou apenas um bloco Maluco Beleza na sexta, em Nova Friburgo. Nem mesmo no Abraço do Palhaço me dispus a ir.

Falta de disposição? Idade? Creio que não.

Simplesmente, optei, escolhi me dedicar nestes dias de festejos momescos a "dar um gás" em meu projeto de mestrado, e até Maria Cândida foi impactada por essa escolha, considerando que somente nos vimos sábado e domingo. É a vida...que eu escolhi, e escolhas trazem consigo uma responsabilidade, mesmo que, muitas vezes, eu queira fazer escolhas sem assumir responsabilidades.

Não foi de todo ruim.

Logo este cara que ia a todos os blocos que conseguia no início desta década na cidade maravilhosa do Rio. Começava na quinta com o Escravos da Mauá, na sexta tinha o Carmelitas, quando a disposição da curtição era demais vinha o Bola Preta, sempre antológico, seguido do Barbas no sábado. No domingo, a dúvida ficava entre o Simpatia é quase amor e o Cordão do Boitatá, sorte quando este saía pela manhã no Centro e dava tempo para curtir o outro em Ipanema. Segunda, tinha o Céu na Terra certo em Santa, um percurso e tanto pelas ladeiras, normalmente debaixo de chuva. Já bem cansado ainda encarava o repeteco do Carmelitas e encerrava muitas vezes apenas na quarta em algum bloco que se criava em cima da hora, tipo o Voltar pra que? em 2003.

Isso tudo ficou na minha memória, e de alguns que ainda hoje me lembram como foi legal, este quadro pintado que de vez em quando acessamos, damos um retoque e colocamos de volta. É inevitável que esse retoque aconteça a cada ano. O pique continua o mesmo, a vida mudou como muda para todo ser que cultiva esta tal inquietude, mas o carnaval continua maravilhoso e apaixonante mesmo sem minha presença.

Afinal, o mundo não gira ao redor de ninguém, muito menos de mim, né?

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