segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Eleições e a política como jogo no país do futebol e das lotéricas...

Depois do final de semana (em que temos o futebol como atração principal da maioria dos brasileiros, em especial dos homens, mas as mulheres também me parecem gostar cada vez mais do esporte da bola nos pés e nas redes), fiquei pensando na face "jogo" das eleições.

Não faltam evidências para que isso possa deixar de ser apenas uma viagem deste ser inquieto que aqui escreve. E quais seriam?

A primeira e mais visível são as pesquisas e a empolgação que elas despertam nos políticos que estão à frente das mesmas (e o desespero naqueles que estão atrás...). Vejamos: essas sondagens nada mais são do que intenções de voto, que já não valem mais nada (ao menos da forma que se mostra nas propagandas eleitorais...) no dia seguinte de sua realização. Ou seja, quando divulgadas não valem nada.

Mesmo assim, no país do futebol, ninguém quer chegar por último...

Me parece ser a "lógica" que está na cabeça daqueles que divulgam os resultados como se esses fossem fatos. Também por isso, vira e mexe, quase sempre, temos resultados nas urnas que não correspondem à "verdade" das pesquisas.

Daqui algum tempo, ainda vão dizer que as urnas estavam erradas... e que as pesquisas estavam certas...

A segunda evidência, essa é mais preocupante e me parece que também mais tradicional, é a que encara as eleições como se fossem uma loteria, isso mesmo, com direito a apostas (altas a beça inclusive) e tudo.

Ora, se uma eleição vira objeto de aposta (aliás, se tudo pode virar objeto de apostas, por que não as eleições, ainda mais se tem gente com dinheiro para tal...), como não podemos fazer referência à cidadania, ao momento mais importante da democracia, como se fosse um jogo?

Sem querer castrar quem quer que seja, não tenho motivos suficientes para que, além de uma grande festa, eu possa classificar as eleições como um jogo?

Me digam vocês...

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