sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Ao invés de qualquer álcool forte, pede água Perrier...

Continuo musical demais, nada melhor que fazer uma postagem musical, mesmo que sem som...ainda não aprendi a manusear direito todas as possibilidades que os blogs oferecem, até imagino que seja possível introduzir um som por aqui, mas descubro em breve.

Esse título é algo recorrente em relação a uma mudança de hábito meu, que foi o de não mais fazer uso de bebidas alcóolicas, fortes ou fracas, independente da quantidade. Isso quer dizer que já bebi no passado. E não era muito pouco, nem mesmo controlado...logo, me vejo e me acho melhor do jeito que estou hoje.

Ao mesmo tempo, fico pensando na sociabilidade inerente ao hábito de beber... as pessoas normalmente estranham que alguém tão extrovertido e descolado como eu possa conviver bem sem beber de forma sociável.

O problema é que minha fronteira do sociável é muito fluída ou, como diria Hirshman, minha noção de satisfeito sempre foi o mais-que-satisfeito...

Dessa forma, pouco me importa o que pensam as pessoas, mas muito mais o que eu penso a respeito do meu hábito recentemente adquirido de não beber, que está associado tão somente a perspectiva de maior bem estar, de me sentir, de me perceber mais, de estar bem comigo mesmo, com as pessoas ao meu redor da forma como sou naturalmente, sem qualquer alterador de humor que não sejam os próprios hormônios que já me passam uma série de sensações suficientemente eufóricas, relaxantes, mas sinceras, naturais, imprevisíveis... do jeito que são...

No fundo, tiro uma certa onda ao chegar em qualquer lugar e, quando todos pedem um chopp, pedir uma água mineral com GÁS, gelo e limão!

Nossa, quando ninguém me conhece, chega a ser engraçado a cara de espanto misturada com incredulidade e um certo desdém inicial, que sempre vem acompanhado de um pedido de explicação: POR QUE?

Disse um certo sábio popular que conheci uma vez: "nenhum ato lícito precisa de uma justificativa, NÃO É NÃO E PRONTO! Isso é normalmente o que faço. Afinal não devo explicações e se relato este fato que vem se tornando recorrente nas minhas relações sociais, deve-se mais a linda música da Adriana Calcanhoto, que me cai muito bem, na maioria das situações em que acontece o fato.

Sendo sincero:

"não quero mudar você, nem mostrar novos mundos, porque eu, meu amor, acho graça até em clichês"...

"adoro esse olhar blasé, que não só já viu quase tudo, mas acha tudo tão dèjá vu mesmo antes de ver"...

"só proponho alimentar seu tédio, para tanto exponho minha admiração"...

"adoro sei lá porque, esse olhar meio escudo, que invés de qualquer álcool forte, pede água Perrier"...

É isso!

Pra bom entendedor, meia palavra basta...

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