sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Fim da Favorita: o Caminho das Índias das novelas da Globo...

Acabo de assistir grande parte do último capítulo de A Favorita, novela global. Digo global por referência à emissora. É certamente menos global que a próxima Caminho das Índias, recheada de personagens com nomes estranhos estrangeirizados que daqui a uns dois meses estarão na boca de grande parte dos brasileiros.

Não costumo assistir novelas como aquele espectador que acompanha toda a trama. Prefiro acompanhar os finais, o último mês ou as três últimas semanas, como foi o caso de A Favorita. Impressionante como consigo desvendar a trama. Isso vem se dando recentemente.

Já tive preconceito em relação às novelas, muito por conta de uma visão desses produtos simbólicos como sendo o ócio do povo, fornecedores de alienação, entre outras pérolas derivadas de uma leitura marxista vulgar.

Entretanto, hoje em dia, posso perceber o quanto esses produtos culturais televisivos podem muito bem ser assistidos como reflexos do cotidiano da sociedade em que vivemos, das tendências existentes na relações entre as pessoas, de manutenção do status quo (como no discurso de Irene para Flora, desejando que esta última sofresse em uma cadeia imunda para "pagar" todo o mal que fez... que coisa mais conservadora e tradicional).

Nem sempre foi nem é assim sempre. As novelas também tem seu papel de gerar reflexão (até mesmo, ou principalmente, com passagens como esta que citei...) e de possibilitar mudanças.

Enfim, não gostei do final de A Favorita, achei tão previsível (do jeito que tinha que ser, como aqueles filmes que já se sabe o final com cinco minutos de exibição...).

Além do mais, demorou a beça... então a minissérie Maysa, que vem me atraindo como a cantores atraía e repulsava os homens, vai começar tarde a beça e amanhã é dia de trabalho, afinal para que férias? É muito chato ficar de bobeira, eu gosto é de pensar!!!

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