domingo, 8 de março de 2009

Detalhes de um momento

Minhas postagens não tem lá um sentido literário, de primar pela boa organização textual ou mesmo um estilo definido. Este é um espaço para falar de mim, do jeito que sou. Normalmente escrevo rápido, como num turbilhão, e posto logo depois. Na maioria das vezes, em 99% delas, acabo por rever o que escrevi apenas depois de postar. Aí edito...

Minha vida parece fluir desta forma, se bem que, com o tempo (idade, envelhecimento e tal) as posturas de vida vão mudando, os momentos são outros e os detalhes da minha vida também. Hoje em dia, vou seguindo, um dia! Isso me basta por ser isso que existe, um dia! Cada dia é uma luta para viver este dia, um detalhe que existe no momento que é a minha vida nesta imensidão do mundo que existe em minha volta. E agradeço por acordar e abrir os olhos, agradeço a algo que nem bem sei o nome, nem se tem um nome, mas que não chamo de Deus. Não tenho religião e não faço terapia, ao menos da forma tradicional em que se entende essas práticas. Também não uso qualquer tipo de substância que altere meu humor menos de alguns minutos após sua ingesta.

Mas essa forma de só rever depois de agir em um turbilhão é a melhor? Não sei o que é melhor, mas sinto que ajo desta maneira. Nem sempre me faz bem, em especial quando minhas ações afetam outras pessoas. Uma coisa é eu falar de mim, me expor, o risco é praticamente todo meu, assumo risco, não o controle imaginário e ilusório que posso pensar ter (mas que fica restrito à minha fértil imaginação e ilusão que ainda se mantém). Outra coisa é quando afeta outras pessoas a minha volta e venho reconhecendo isso como irresponsabilidade, ou deixar de ver o quanto minhas ações impactam este mundo que está em minha volta.

Hoje acordei empolgado para escrever, e vou dando linha à esta pipa que nunca soltei de fato. Ando feliz com minha coerência atual na vida e coerência nada mais é para mim o que rola quando o que penso, o que sinto e o que faço andam juntos. E isso é difícil a beça, pois parece que existem, pelo menos, três Marcelos: um que pensa, um que faz e outro que sente! E quando cada um deles está andando para um lado diferente, divergentes estão, e incoerente me torno. A maior parte do meu momento-vida posso dizer que foi marcado pela incoerência. Hoje, e só hoje - amanhã, terei que acordar e abrir os olhos, se estiver vivo, claro... - me sinto coerente, no sentido que destaquei aí em cima.

Como cantava o Gonzaguinha na belíssima Nunca pare de sonhar: "vamos lá fazer o que será"!

Um bom dia, um belo dia, mais um dia neste momento em que vivemos!

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