Nunca senti tanto como agora a tal "compressão espaço-tempo" que alguns sociólogos tanto abordam como sendo uma das rupturas da modernidade ou mesmo uma de suas caracterísiticas atuais.
Seja Bauman, o mais famoso dos últimos anos, ou Stuart Hall, que eu gosto mais, o tempo parece coisa rara e o espaço é algo a ser constantemente desafiado e vencido, mesmo que com dificuldade para gente como eu que não é tão globalizado, mas tem um pé aqui e outro lá, onde quer que seja.
Talvez seja o impulso de fazer muitas e variadas coisas, as vezes sem a mínima sinergia, em um tempo que não cabe...fazer o que?
Ultimamente, não tenho me envolvido em nada de cabeça que não seja meu projeto de pesquisa no mestrado sobre formas de ação política através do campo do consumo, o que, para muita gente boa, é uma loucura.
Mas se pra mim faz sentido e é passível de análise sociológica: que se danem os demais que não acham!
Nunca antes encontrei tanta gente que não via há tempos!
Isso tem um significado imediato: a idade avança, não sou velho, mas também não sou novo, estou, digamos, naquela última década diferenciada do "enta".
Com trinta e dois anos, até que, como disse uma conhecida que reencontrei num sinal de trânsito no Centro do Rio, "não mudou nada, nem um fio de cabelo branco". Isso não vem a ser exatamente verdade...
Eles se escondem, esses fios de cabelo branco, até porque não pretendo pintar, muito menos implantar caso a tendência de que eles caiam se confirme. Deixa ser, deixa estar.
No Rio, é véspera de segundo turno, prefiro Gabeira, já votei nele em épocas longínquas, porém hoje não tenho mais essa oportunidade de votar no Rio, durante tanto tempo deixei rolar uma justificativa nas eleições e me enfiava no Sana...
Reencontros, distâncias sentidas, desafios a vencer, recuos, tudo isso acontecendo ao mesmo tempo, espaços diferentes, ultimamente tenho curtido mais um Durkheim do que o velho Marx.
Conhecendo gente nova, gente bacana, gente que curto, isso é que vale a pena também...tô meio que de saco cheio de postagem intelectializadas, minhas postagens existencialistas tem apenas uma ponta, ou um fundo, do que aprendo, penso e digo.
E assim, como cantava Caetano, seguimos nosso tempo, tempo, tempo...sono! Então: cama!
Uma pena que hoje vou só...
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário