sábado, 11 de julho de 2009

Uma manhã em Laje do Muriaé...

Laje do Muriaé é uma cidade que deve ter algo entre 10 e 15 mil habitantes, antigo grande produtor de arroz (aqui rolava o Festival do Arroz nas antigas). Eu passava minhas férias nesta cidadezinha, onde meu pai nasceu e meus avós e alguns tios e primas moram até hoje. Tenho até uma prima vereadora, tudo bem que sequer a encontro quando venho rapidamente das últimas vezes.

Em Laje vivenciei um contraponto bacana com o meio urbano, pois era frequente que até meus 11, 12 anos passasse boa parte das minhas férias de final de ano aqui. Para se ter uma idéia, a cidade ostenta um dos cinco piores IDHs do estado do Rio de Janeiro, além de um ambiente semi-árido e um calor perto do insuportável no verão.

Trata-se de uma cidade "pobre", aparentemente sem alternativas para uma juventude que predomina. Logo, pode ser até um bom local de estudo para meu projeto de doutorado. Daqui a pouco vou percorrer algumas lan houses daqui para saber mais no pouco tempo em que estou aqui.

Ontem cheguei e pude estar com meus avós, hoje também. Sinto falta desse momento-família tão raro hoje. Logo, procuro curtir os momentos. Meu avô está bem na altura de seus 91 anos, já quase não enxerga, mas aparentemente tem bons "níveis" indicadores de saúde. Claro que está velhinho, mais fraco, mas continua super ativo, falante e adora quando estou aqui e eu adoro quando me dou o direito de estar com ele.

Pela manhã, depois do café, fui caminhar com meu pai, algo também incomum no nosso dia-a-dia, apesar de estar morando com ele e minha mãe quando estou em Friburgo. Foi bacana curtir os 6 Km de caminhada no caminho da roça, papear e tal.

Quando retornamos, estava um alvoroço só a casa dos avós, meu tio, sua esposa e filho, minha prima com o último rebento (possessivo ele...), minha tia (mãe da prima). Minha mãe preparando o almoço por exigência do meu avô. Apesar de eu ter me proposto a fazer o almoço, ele desconfia que eu não entendo nada de cozinha e eu morro de rir...

Fico bem, reconheço e me identifico com minhas raízes e, redescobrindo, sigo com mais firmeza o caminho que as linhas das palmas da minha mão me destinam... um dia de cada vez! Pois é assim que funciona, para mim...

Um comentário:

Beth Vitória Rezende disse...

Meu marido é Lajente( Marco Antônio M Rezende) ...navegando a procura de notícias sobre o próximo festival do Arroz encontrei o seu texto! Bacana!!!Também temos um blog: www.outrarevista.blogspot.com
Está difícil encontrar ...até no site oficial não encontrei nada...
mesmo assim pretendo fazer uma postagem sobre o tema no nosso blog!
abraços.